terça-feira, setembro 28, 2010

O que me faz feliz!

Cheesecake feita para Aninha!



Uma das coisas que mais me faz feliz no mundo é, sem duvida, cozinhar. Poucas coisas me deixam tão contente ou calma, como horas na cozinha em frente a uma infinidade de ingredientes e um fogão. Sempre que me perguntam o motivo de eu gostar tanto eu não sei muito bem como responder.

Pensando sobre isso, acho que é o cuidado. Eu simplesmente gosto de fazer coisas que exigem meu cuidado e atenção. E cozinhar, exige atenção! Exige cuidado. Carinho. Amor. E, claro, um pouco de paciência. Porque nem sempre sai como a gente quer.

Seja algo simples como uma cheesecake - e acredite, é simples - ou complicado como meu bolo de aniversário, a atenção tem que ser a mesma. E tem que ser total. E isso é ótimo.

Eu me desligo completamente quando estou cozinhando. Me desligo de problemas e de pensamentos que me deixam triste. Sou simplesmente eu e algo para ser feito. Algo que eu sei fazer e que eu sei que se me dedicar vai ficar bom. 

Claro, as vezes eu erro e não posso mentir que fico muito triste. Triste de ficar quieta e de não ter mais vontade de fazer nada, porque é sempre ruim quando você se dedica a alguma coisa e ela não sai como imaginou. É frustraste, chato e estraga meu dia. Mas passa e depois é só tentar outra vez que dá certo.

Poucas coisas me fazem mais feliz do que terminar um bolo e ele ficar lindo. Lindo para mim e para os outros. Taí outra beleza de cozinhar. É algo que eu faço para mim, que me deixa feliz, que faz com que eu me sinta bem, mas também é algo que eu faço para as pessoas que amo e que deixa elas felizes e nada, nada mesmo, me deixa mais feliz do que deixar aqueles que amo felizes. É tão bom você preparar algo com carinho por alguém e esse alguém gostar. É feliz demais você ver alguém comendo sua comida com prazer mesmo. 

Minha comida preferida não é a minha. Mamãe é boa demais nisso e nada no mundo é melhor do que seu peixe com camarões e creme de leite ou seu caldo-verde em um dia de frio. É nela que eu penso quando estou cozinhando. Um dia, eu vou cozinhar tão bem quanto ela. Vou sim. Mas tenho certeza que ainda vou continuar preferindo a comida dela a minha. Porque apesar de eu amar comer, a graça em cozinhar, para mim, não está em comer. Comer é só uma conseqüência.... Não é mesmo a melhor parte.

Na verdade, na verdade, acho que a graça de cozinhar é que ali é um dos poucos momentos em que eu não penso em mais nada, em que eu não intelectualizo nada, em que eu só sinto e faço e da certo! Porque acreditem, quase sempre, dá certo! Portanto, se um dia alguém quiser me fazer feliz  é só pedir para eu cozinhar algo. Pode ter certeza que eu vou fazer com carinho, e caso não fique bom, eu prometo pagar a pizza.


quinta-feira, setembro 09, 2010

Um Dia...


Faltando um dia para o meu aniversário me coloquei a pensar sobre o ano que passou... Sobre as coisas ruins, boas, felizes, estranhas, inusitadas... Sobre os acontecimentos grandes e pequenos. Sobre as coisas superadas e aquelas que ainda precisam de muito, muito trabalho e paciência.

Poderia falar daqueles acontecimentos maiores que a gente comenta com os amigos e para a família. Poderia falar sobre aquilo que me fez pular por não acreditar que estava acontecendo ou que me fez querer sair ligando para todos. Mas destes eu já falei, para aqueles que queria falar e destes eu provavelmente voltarei a falar.

Mas o que me pegou mesmo foram as pequenas coisas. Aquelas que a gente nem da atenção no quando acontecem, mas que fazem a vida ter um sentido tão especial que faz toda a diferença para se ser ou não feliz. Tantas pequenas coisas acontecem e eu não dou o devido valor que resolvi fazê-lo agora.

Como aquele dia em que eu e o Rhi acordamos tarde e resolvemos fazer panquecas e conversar e minha mãe apareceu para tomar café conosco e estávamos todos felizes e tranqüilos e sorridentes.

Ou o café com a minha madrinha em Porto Alegre e a cumplicidade que eu senti com  uma pessoa tão importante que mora tão longe.

Tem também aquele dia em que o Bru ficou comigo até mais tarde no msn, mesmo que ele já tivesse terminado as coisas dele só porque eu queria companhia.

Os inúmeros abraços do meu pai. Os apertados, os leves, os que parecem que tiram o peso das costas, os que parecem que ele entende exatamente o que está se passando comigo.

Os inúmeros telefonemas da minha mãe que me incomodam e me fazem querer não atender, mas muitas vezes me fazem rir e pensar como alguém pode gostar tanto de telefonemas.

As vezes em que a Coisa falou "Beijo na bunda" esperando que eu falasse "até segunda" e eu mandei ele se tratar.

A quantidade de risada dadas ao telefone com as Anas.

O Rhi e sua hipocondria tão linda.

As vezes em que a Fá ligou só para dizer que estava com saudades.

Os cafés com a outra Fá em que nós falamos de tudo e eu percebo que tenho mesmo uma amiga ali.

O Bru arrumando o blog sem pedir nada em troca.

Ser e Coisa vindo me visitar, mesmo eu estando com gripe do porco e eles estarem morrendo de medo de pegar.

A quantidade de vezes em que me peguei olhando pro Rhi e pensando em como eu amo ele e saber que ele me ama também.

As noites em que o Rhi tentou ficar acordado comigo e conversando e a quantidade de risada que dei com os olhos fechando e abrindo.

As incomodações do Jorginho que fazem com que eu sinta que ele realmente gosta de mim como eu gosto dele.

Os dias de céu de brigadeiro com frio que eu acho tão lindos.

A quantidade de vezes que escutei a Tata dizer que queria "morder" as peças do quebra-cabeças quando as coisas começam a complicar.

Todos os cafés que ela me trouxe sem brigar ou reclamar e que fazem com que eu me sinta verdadeira amada.

A descoberta da família do Rhi que faz com que eu queira sorrir.

Gui e Rozinho me chamando de tia.

As vezes em que juntamos a família e fomos tão portugueses como podemos ser.

O Ser lutando pra ficar acordado só porque ele estava aqui e eu não parava de falar e ele mesmo com sono não foi embora cedo pra ficar comigo.

Os abraços, beijos, mensagens diárias, carinhos e cuidados do Rhi.

As crises de riso com a minha mãe e o jeitinho dela de ficar irritada quando eu brinco com o cabelo dela.

E, tanta, tantas outras vezes. Tantos outros momentos. Eles realmente fizeram o ano valer a pena.

Portanto, que venha o próximo, cheio de novos lindos e pequenos momentos que fazem com que eu seja uma pessoa tão sortuda...